Saiba mais da família “X-Metal” da Oakley, berço dos modelos Romeo, Mars e Juliet
Pode esquecer esse papo de que óculos escuros só servem para sair no Sol e aceita o fato de que a peça já está incorporada no visual de muita gente. E na estética do funk, quando se pensa em óculos escuros, se pensa em Oakley, mais especificamente no famoso Juliet, um dos modelos mais conhecidos e completos da marca Oakley: seja pelas lentes, seja pela resistência e durabilidade, seja pelo símbolo que o óculos representa. Ter um Juliet é a pedida certa, e o Portal KondZilla vai contar mais sobre essa peça chave do vestuário.
Criada lá nos anos 70 na garagem do norte americano Jim Jannard, a empresa – cujo nome veio em homenagem ao mascote de Jim, a cadelinha “Oakley Anne” – começou sua história fabricando manoplas anti-deslizantes para pilotos de motocross. A aderência do produto aumentava quando o produto era exposto à água, o que fazia dele a pedida ideal para dar aquela acelerada na chuva, e essa diferença na pegada que só os produtos Oakley proporcionavam recebeu um nome: “The Oakley Grip” (“a pegada da Oakley”, em tradução livre).
O produto não foi o sucesso que Jim esperava, mas, sua visão empreendedora o levou a se arriscar na criação de outros produtos, todos até então voltados para o mercado esportivo e de velocidade, como motocross e snowboard. A assinatura que Jim colocava em suas criações era o alto desempenho dos materiais nos esportes, a proteção de quem os utilizasse e, principalmente, a resistência dos materiais. O próximo passo, foi entrar no mercado de óculos de segurança, conhecidos como “Goggles” – não confunda com o buscador Google.
Os testes de resistência dos óculos – principalmente das lentes – eram tão insanos, que quando o modelo M-Frame foi criado, lá em 1980, um dos testes foi atirar neles com um Calibre 12 só pra mostrar que os óculos seguravam o rojão. E seguravam mesmo!
Esse foi um tiro certeiro da Oakley, a coisa começou a deslanchar de vez e eles caíram de cabeça no mercado de óculos. Em 1983, produziram o modelo Eyeshade, de plástico e com lentes intercambiáveis – característica que a empresa carrega até hoje em alguns de seus produtos. No ano seguinte, o ciclista Greg LeMond usou o modelo no Tour da França, principal prova do ciclismo profissional, o que ajudou a popularizar ainda mais a marca, que conquistava cada vez mais espaço no mercado. A partir daí, começaram os investimentos na produção e criação de novos modelos
Família X-Metal
Em 1997, a empresa deu um passo além e trouxe ao mundo a família “X-Metal”, que apresentava óculos criados com uma liga metálica especial, obtida através da fusão de alumínio com um material chamado de “O-Matter” (Matéria O, em tradução livre), lentes polarizadas ultra resistentes e acabamento da ponta e das hastes (as borrachinhas) feitas com o que a Oakley escolheu chamar de “Unobtanium” – um material hidrofóbico, macio e esponjoso, que adere mais à pele quando em contato com suor ou água.
Outra marca registrada da empresa, é o kit que vem junto com os óculos da linha: um estojo com uma moeda única, junto de uma capinha, lenço para limpar a lente e material reserva (como as borrachinhas). O óculos ainda vem com um número de série impresso na parte interna – que você pode verificar na internet para ter certeza de que o produto realmente bate com as características da caixa (fica a dica se você for comprar um usado).
A Família X-Metal, como já dissemos, surgiu em 1997. O primeiro modelo fabricado recebeu o nome de Romeo, seguido pelo modelo Mars, em 1998, até que em 1999, o mundo conheceu o tão famoso Juliet.
A Oakley, desde o seu surgimento, sempre priorizou a criação de produtos de extrema qualidade. A pesquisa de materiais leves e resistentes, somado ao projeto de produtos de alta tecnologia tem uma consequência salgada: o alto valor dos produtos. O preço da linha X-Metal, sempre custou algo próximo de um salário mínimo (e, dependendo do modelo, pode até ultrapassar).
Na família X-Metal, saíram 8 modelos: Romeo (1997), Mars (1998), Juliet (1999), X Metal XX – conhecido no Brasil como Double X (1999), Penny (2001), Romeo 2.0 (2004), Half-X (2008) e X-Squared (2009).
*Na foto, os 8 modelos da linha X-Metal na versão Infinite Hero. Coluna Esquerda de cima p/ baixo: X Squared, Double X, Half-X e Penny. Coluna direita de cima p/ baixo: Juliet, Romeo, Romeo 2 e Mars. – Foto: reprodução Instagram.
Para os meros mortais, os vários modelos de da linha X-Metal podem parecer “todos iguais”. Porém, para um verdadeiro fã, basta uma olhada rápida para conseguir identificar de qual série se trata. E são diversas. Só do Juliet os nomes podem variar dependendo da armação, cor das lentes e até se o óculos foi feito em série limitada ou não.
A mecânica é a seguinte, inicialmente vem o modelo, depois, vem em qual a armação ele foi feito, que pode ser: 24k, Carbon, Plasma, Polished, Polished Carbon, TiO2, Titanium ou X-Metal. Em seguida, vem a lente, que tem uma infinidade de cores, como por exemplo: Gold Iridium, Ruby Iridium, Black Iridium, Slate Iridium, Black Iridium Polarized, Titanium Clear, G30 iridium, Fire Iridium e por ai vai.
Existem, também, algumas versões exclusivas feitas em parcerias com grandes marcas, como o “Juliet Ducatti” e também com atletas, caso do “Juliet Ichiro” – que leva a assinatura do jogador de baseball “Ichiro Suzuki”. No total são mais de 40 variações de combinação dos modelos da linha X-Metal.
Falando no padrão 24K, este é o atual modelo mais desejado, sobretudo entre os fãs de funk e do MC Bin Laden, já que o próprio MC aparece usando um exemplar bem chavoso do “X-Metal XX – 24K”, conhecido também Double X, no videoclipe “Minha Ex”. A diferença desse modelo para um Juliet, por exemplo, é que a lente é um pouco maior.
Infelizmente, para os grandes fãs do modelo, a fabricação da Família X-Metal foi descontinuada em 2012 e o último Juliet foi fabricado em 2009. Porém, o modelo foi tão bem recebido no Brasil que o encerramento da produção pela Oakley abriu espaço para novos segmentos de negócios 100% BR: a fabricação de modelos “custom” (as famosas réplicas) e a restauração de óculos especializada na linha X-Metal.
Se você é um fã do modelo, sabe que desgastes na pintura e arranhões nas lentes podem acontecer, e que mesmo o X no centro do óculos pode ficar um pouco solto com o uso contínuo. Mas também, já deve ter ouvido falar de serviços de restauração, que cuidam desde a pintura no padrão original até o ajuste da armação e reposição de lentes. Esse segmento de negócios utiliza as plataformas de mídias sociais – como o Instagram e o Whatsapp – para vender seus serviços. É o caso do Rogerinho Oakley, profissional que usa seu perfil no Instagram para anunciar venda de peças e de serviços de restauração.
Então, seja pra chamar atenção ou para ter um óculos futurista e resistente, apostar na Oakley é uma boa idéia. O lance é ter cuidado pra não perder a peça num arrastão (nem ficar bem louco e esquecer em algum lugar).
X-METAL NO CINEMA
Hollywood sempre foi uma grande aliada na criação de “sonhos de consumo”, e com a linha X-Metal não foi diferente. Figurando no rosto dos maiores galãs que você respeita, a linha foi bastante difundida por grandes filmes da virada do século.
Clube da Luta (1999) – O vendedor de sabonetes e esquisitão Tyler Durden (Brad Pitt) aparece no filme usando regata, um casacão que parece ser de pele e quem mais? Ele mesmo, um exemplar do “Oakley Mars”.
Missão Impossível 2 (2000) – Ethan Hunt (Tom Cruise) aparece no começo do filme escalando uma montanha e, quando chega lá em cima, um helicóptero atira um míssil que, na verdade, era um estojo carregando um “mucho loco” Oakley Romeo”. Quando o personagem coloca o óculos, SURPRESA! Ele recebe os detalhes da missão todos direto na lente do óculos. Sério, não dá pra ser mais cabuloso que isso!
X-MEN – o filme (2000) – O personagem Cyclops (James Marsden), solta raios laser pelos olhos sempre que está com eles abertos. A única forma de controlar todo esse poder é com um óculos especial. E que óculos é esse? Acertou, é um modelo “Oakley Penny“.
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